Projeto Rondon capacita pessoas no sertão alagoano e sensibiliza estudantes da USP São Carlos
28 de agosto de 2018
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eesc projeto rondon slide

 

Foi neste cenário que aconteceu, de 13 a 29 de julho, a Operação Palmares em mais uma edição do Projeto Rondon. "Foi uma lição de vida, pois, ao termos a oportunidade de vivenciar outras realidades, acabamos aprendendo mais do que ensinando, o que nos motivou a tentar fazer alguma mudança significativa na realidade da seca, da falta de água e da condição de vida da região", afirma Gabriel Linares Silveira Batista, aluno do curso de Engenharia Aeronáutica, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), um dos oito participantes da USP São Carlos no projeto.

 

A equipe do Campus teve como destino a cidade de Olivença, localizada no coração do sertão alagoano com cerca de 11.700 habitantes e a mais de 200 quilômetros de distância da capital, Maceió. Foram oferecidas oficinas de capacitação nas áreas de indústria, agropecuária, empreendedorismo e educação. A Operação Palmares visitou ainda outras 11 cidades e contou com cerca de 200 voluntários ligados a 20 instituições de ensino.

 

Para Mário Berni de Marque, aluno do curso de Engenharia Ambiental, também da EESC, "a experiência foi muito marcante, sentir que tínhamos uma responsabilidade tão grande para com as pessoas da cidade foi algo que, no começo, deu medo, mas, depois de realizar as oficinas, percebemos que os moradores locais se interessaram, nos apoiaram e sempre sorriam para nós, dando segurança".

O professor Otavio Thiemann, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), responsável pela coordenação do projeto ao lado da professora Marcia Cristina Branciforti, da EESC, destaca que o diferencial da USP em comparação a outros Institutos de Ensino Superior (IES) é que as atividades promovidas foram propostas pelos próprios alunos. Com isso, "a entrega no desenvolvimento do projeto é muito grande, como eles escreveram e submeteram o projeto, abraçaram como sendo deles, dando um caráter, um sabor diferente", pontua

 

  

 

Maria Cristina também afirma que os alunos foram altamente dedicados e comprometidos. Além disso, "a participação e a iniciativa de levar conhecimentos a esta população carente de informação, oportunidades e de afeto foi fantástica, a troca de informações foi muito positiva", destaca.

 

Referente à transmissão de conhecimentos, Mário explica que "o intuito do projeto é formar multiplicadores, ou seja, levar um certo novo 'conhecimento' para a própria população multiplicá-lo pra outras pessoas e gerações. Essa meta é difícil de atingir em apenas 15 dias, porém, acreditamos que foi conquistada. Não apenas parte da população, mas os próprios 'rondonistas' têm essa função de multiplicadores da vivência, dificuldades e cultura da população de Olivença para os que não tiverem a oportunidade de conhecer um lugar como esse do nosso país". Gabriel também destacou o importante papel que tiveram em mostrar que a universidade é possível para todos e sensibilizar participantes a continuarem os estudos.

 

A equipe da USP São Carlos também teve a participação dos alunos Rassiê Tainy de Paula e Jéssica Cristina Ramos, do curso de Licenciatura Ciências Exatas, oferecido conjuntamente pelo IFSC, Instituto de Química de São Carlos (IQSC) e Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), Renata Gonçalves Fernandes, do curso de Química (IQSC), Priscille Dreux Fraga, da Engenharia Ambiental (EESC), Carolina Silva Costa, da Engenharia Civil (EESC) e Thiago Borges Gobbo de Melo, de Sistemas de Informação (ICMC).

 

 

Por Suzana Xavier da Assessoria de Comunicação da Prefeitura do Campus USP de São Carlos (PUSP-SC)


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