Trabalho de pós-graduação da EESC é premiado em congresso brasileiro
02 de outubro de 2015
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O trabalho Previsão da velocidade de fluxo livre em autoestradas e rodovias de pista dupla paulistas conquistou o 1º lugar entre os trabalhos submetidos ao 5º Salão de Inovação do 9º Congresso Brasileiro de Rodovias e Concessões (CBR&C).

 

De acordo com o aluno, o artigo é mais um resultado de uma linha de pesquisa do doutorado em operação de tráfego rodoviário na qual está envolvido desde 2009. “Trata-se da divulgação de alguns dos primeiros resultados do meu doutorado em Engenharia de Transportes na EESC, no qual tive o prazer e a sorte de poder contar com o apoio de vários professores do STT, coautores do artigo. Cada um trouxe contribuições valiosas em sua área de especialidade, sem as quais esse prêmio não teria sido possível”.

 

A iniciativa que premia os melhores estudos acadêmicos sobre o setor rodoviário encerrou o CBR&C, o maior congresso realizado pela iniciativa privada para debater os aspectos técnicos e institucionais das concessões de rodovias, e a 9ª Exposição Internacional de Produtos para Rodovias (BRASVIAS).

 

O 5º Salão de Inovação apresentou trabalhos que abrangem temas técnicos do setor como as novas tecnologias nas rodovias, a operação e o gerenciamento das vias, além da sustentabilidade na área. Os cinco trabalhos eleitos receberam, cada um, o valor de R$ 3 mil.

 

Andrade ainda salientou a satisfação em ser premiado em 1º lugar com o trabalho e a contribuição para os setores e especialistas da área. “Fiquei bastante contente com a notícia. Primeiramente, pelo reconhecimento da comunidade acadêmica ao trabalho. Além disso, pela oportunidade de contribuir para um fórum de divulgação no qual há uma saudável interação entre academia, poder público e iniciativa privada, permitindo que se explorem questões de engenharia de tráfego que fazem parte do dia a dia das empresas e do governo, sob uma perspectiva acadêmica”.

 

eesc estrada site

De acordo com Cunha, o trabalho trata da calibração dos métodos de cálculo do nível de serviço em rodovias para as condições brasileiras. Atualmente, a maior referência nesse assunto é o Highway Capacity Manual (HCM), publicado pelo Transportation Reseach Board (TRB), nos EUA, que traz diversas metodologias que engenheiros e planejadores de transportes utilizam para avaliar o efeito do tráfego e da infraestrutura viária em projeto e operação de rodovias.

 

“No entanto, os procedimentos do HCM foram calibrados para as condições observadas em rodovias americanas e aspectos como a infraestrutura da via, a frota dos veículos e o comportamento dos motoristas diferem significativamente das condições das rodovias paulistas”, explicou o docente.

 

Segundo o HCM, a velocidade de fluxo livre (FFS, sigla em inglês) é definida como a velocidade média dos veículos trafegando em um segmento em condições de fluxo baixo, quando os motoristas têm a liberdade de escolha da velocidade desejada e não há restrições devido ao tráfego ou dispositivos de controle à jusante.

O próprio HCM ressalta que os fatores e métodos apresentados devem ser calibrados para as condições locais de cada região. Apesar dessa recomendação, as concessionárias de rodovias do Estado de São Paulo apresentam relatórios anuais de desempenho operacional das rodovias para a supervisão da Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) utilizando o conceito de nível de serviço que, segundo uma das cláusulas do contrato de concessão, devem estar em acordo com os critérios estabelecidos pelo HCM para garantir a qualidade do serviço prestado aos usuários.

 

“Dessa forma, a qualidade de operação é calculada utilizando o conceito de nível de serviço que, segundo uma das cláusulas do contrato de concessão, devem estar em acordo com os critérios estabelecidos pelo HCM”, comentou Cunha.

 

Para o docente, a satisfação pelo prêmio é muito grande, pois o evento da ABCR une tanto a comunidade técnica quanto a comunidade científica em um ambiente singular. “Do lado acadêmico, é possível discutir as soluções para alguns dos problemas reais, apresentar o desenvolvimento das pesquisas científicas para a comunidade técnica e fazer parcerias de pesquisas com as empresas”, destacou.

 

Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC

Fotos: USP Imagens


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