Trabalho de monitoramento de rios e córregos é apresentado em evento internacional
18 de novembro de 2014
Compartilhe:

eesc earthwatch professor Davi 1

 

A ação consiste em capacitar funcionários do banco para que sejam voluntários no monitoramento da qualidade da água de rios e córregos de suas cidades, colhendo periodicamente amostras e produzindo dados de pesquisa. A apresentação do professor consistiu em apresentar o programa e os resultados obtidos no Brasil, abrangendo as cidades de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro e mais de 80 pontos monitorados por funcionários voluntários da instituição.

 

A sessão foi aberta e contou com um público de 400 pessoas, além de seis cientistas convidados, incluindo o professor Cunha e outros vinculados à ONG Earthwatch, que expuseram suas pesquisas desenvolvidas em diversas áreas do conhecimento. “A ONG tem como principal missão engajar pessoas comuns em atividades científicas, no projeto chamado Ciência Cidadã, através do qual são promovidas expedições de pesquisadores a ambientes de estudos, com oportunidade de participação de pessoas comuns para acompanhar as atividades”, explicou.

 

Contando com uma equipe de apoio formada por 20 alunos de graduação e pós-graduação do curso de Engenharia Ambiental da EESC, o professor capacita os voluntários através de um treinamento teórico, que dura um dia – abordando temas como qualidade da água e sustentabilidade –, e depois aprendem as atividades de monitoramento. Ao final os funcionários estão aptos a realizarem o controle da qualidade da água utilizando um kit apropriado para medição de algumas variáveis.

 

eesc earthwatch professor Davi 2O professor explicou que os funcionários não recebem bonificação e não são dispensados do trabalho para participarem do projeto: o envolvimento é feito por interesse e engajamento social e ambiental e o monitoramento fora do horário de expediente. Os interessados recebem uma lista de opções de pontos mais próximos de suas residências e, a cada dois meses, realizam uma nova coleta de água. “Os funcionários podem convidar amigos e familiares para acompanhar a coleta e a análise da água, podendo assim multiplicar o voluntariado do projeto”, ressaltou o professor.

 

Os resultados das análises são inseridos em um site do programa e disponibilizados ao público; atualmente já foram colhidos 651 dados sobre a qualidade da água dos pontos monitorados. “Os dados servirão de parâmetros para acompanhar as variações hídricas ao longo do tempo, se há melhora ou piora da qualidade, se as ações do poder público em prol a recuperação da água estão surtindo efeito ou não”, elencou Cunha.

 

Para o professor, a oportunidade de participar do evento foi interessante para conhecer os trabalhos de outros pesquisadores e também apresentar como é realizado treinamento dos funcionários do banco pelos alunos da EESC. “Ao participarem do programa alunos da Escola desempenham três importante componentes: o de pesquisa, pois os voluntários estão gerando informações sobre as variáveis da água em cada ponto para que hipóteses científicas sejam apuradas; o de extensão, pois os alunos obtêm análises de campo; e o educacional, através do empenho em capacitarem os voluntários”, definiu.

 

Projeto HSBC pela Água

Em 2012, o banco HSBC lançou o Programa HSBC pela Água, em uma parceria com três ONGs internacionais – WWF, WaterAid e Earthwatch –, que irá beneficiar comunidades necessitadas e prover informações para a gestão mais eficiente de recursos vitais de água doce e que deve durar cinco anos.

 

Através do programa, o banco HSBC financia o projeto de pesquisa Observatório da Água Doce, criado e conduzido pela Earthwatch, presente em 35 cidades pelo mundo em 14 países, com a meta de envolver 100 mil pessoas para aprender sobre salvaguardar a qualidade e o suprimento de água doce no futuro.

 

O projeto Adote um Rio é o braço do Observatório da Água Doce no Brasil, tendo a USP como instituição sede. Entre 2012 e 2016, a meta brasileira é formar mais de 720 voluntários, funcionários do HSBC, aptos a monitorar a qualidade da água.

 

Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC

 


Veja também