Ex-alunos atestam a excelência da EESC durante “Semana de Engenharia Aeronáutica”
25 de agosto de 2015
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Com o objetivo de realizar a melhor edição de todas as SEAs, a equipe organizadora atendeu às expectativas do público. Além dos atuais estudantes do curso, também compareceram ao encontro visitantes das universidades federais de Uberlândia (UFU), de Minas Gerais (UFMG), de Mato Grosso (UFMT) e de Santa Catarina (UFSC), o que constata a relevância da Semana.

 

Comprovando a colocação de destaque que a formação na Escola proporciona a seus alunos, dois engenheiros formados na EESC compartilharam com o público suas histórias profissionais trilhadas com sucesso.

 

O engenheiro graduado em 1995 no curso de Engenharia Mecânica com ênfase em Aeronáutica na EESC, Rodrigo Scoda, testificou a qualidade da formação técnica e empreendedora da Escola fundando a empresa Scoda Aeronáutica que projeta e fabrica aeronaves na categoria Light Sport Aircraft (LSA) e já conta com aproximadamente 10 anos no mercado.

 

Na ocasião, Scoda apresentou a recente experiência de criação do projeto da aeronave anfíbia chamada Super Petrel LS, que pousa e decola tanto da água como da terra. Esse avião foi destacado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) como um dos 22 exemplos de sucesso de médias empresas na área de inovação.

 

O veículo já está certificado pela Federal Aviation Administration (FAA) dos Estados Unidos, que regulamenta a aviação civil americana e serve de modelo para vários países, inclusive o Brasil. “A certificação é o conjunto de regras e normas que o projeto e a aeronave precisam atender para que possam ser comercializados no exterior, e o americano é muito exigente. É através dessa certificação de produto que as portas da maioria dos mercados mundiais se abrem”, destacou.

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Na palestra o engenheiro exibiu a apresentação feita à CNI e o processo de certificação com a FAA. O reconhecimento pelo órgão só foi possível porque todo o desenvolvimento do projeto pautou-se no conceito Design by Certification, que parte de um regulamento válido mundialmente, e não simplesmente dos sonhos do engenheiro. “É muito legal desenvolver algo que se sonha, mas isso não leva o engenheiro a lugar algum; é mais importante garantir ao mercado uma aplicabilidade real”, explicou.

 

O palestrante também comentou que os vários requisitos técnicos exigidos pela FAA para certificação das aeronaves LSA partem do conjunto de normas da American Society for Testing & Materials (ASTM), como as análises de projeto, qualidade, ensaio em voo, construção, publicações, manuais de voo e manutenção e programa de aeronavegabilidade continuada.

 

Outro ponto de destaque no processo de desenvolvimento e certificação do Super Petrel LS foi o fato de 90% ter sido feito por estagiários dos 4º e 5º anos do curso de Engenharia Aeronáutica da EESC. “Os graduandos são muito bem preparados de uma maneira geral eu considero que os alunos são fantásticos e que a EESC está no caminho certo”, destacou Scoda.

 

Manutenção de aeronaves executivas

Graduado em 2005, o ex-aluno da EESC do curso de Engenharia Aeronáutica, Ronaldo Massahiro Sonoda, atualmente ocupa o cargo de engenheiro responsável da oficina de manutenção da empresa Dassault Falcon Jet. Ele apresentou a palestra Oficina de Manutenção e o que o mercado da aviação executiva espera e deseja do profissional, na qual mostrou aos alunos o ambiente completo de uma oficina de manutenção, tendo em vista que o foco do curso na EESC é na área de projeto e desenvolvimento de aeronaves, por isso os alunos não têm muito contato com a parte de pós-venda.

 

A manutenção aeronáutica visa manter aeronavegabilidade do avião, que é a capacidade de uma aeronave de realizar um voo seguro no espaço aéreo respeitando as regras dos órgãos de regulamentação. Apesar das áreas de fabricação e manutenção partirem do projeto, aquela visa desenvolver uma aeronave mais eficiente, com o melhor design e capacidade que atenda os requisitos planejados, por exemplo, enquanto esta objetiva atestar a eficácia do projeto e manter o desempenho do voo da aeronave.

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“O foco na manutenção é verificar se o projeto deu certo ou não, é o momento em que o engenheiro poderá encontrar as dificuldades que não se imaginou no projeto e deverá saber como lidar com a situação, principalmente com o operador da aeronave”, explicou o engenheiro.

 

Sonoda destacou que a revisão também exige um requisito do profissional diferente do desenvolvimento, pois é necessário ser bastante maleável e adaptável a inúmeras situações. “O problema pode ser de fabricação, como também corrosão, reparo estrutural e desempenho. Portanto é necessário um profissional multifacetado, não somente na parte técnica, mas no contato com o cliente, o fornecedor e os operadores”, explicou.

 

Dentre as habilidades importantes de serem apresentadas pelo engenheiro, segundo Sonoda, também está a proficiência em inglês, já que a aviação é um meio muito globalizado que torna fundamental o domínio da língua para ler os manuais e dialogar com equipes do mundo todo. A informática também é essencial, pois de uma maneira informal a aeronave é um computador que voa, portanto saber lidar com os sistemas informatizados é muito necessário. “Outro ponto que destoa da formação da engenharia, é a capacidade de lidar com as relações interpessoais, já que a todo o momento o engenheiro vai lidar com mecânicos, engenheiros, gestores, clientes, e é preciso se adequar às situações”, finalizou.

Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC

Fotos: Keite Marques

 

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