Ações na África do Sul marcam o encerramento do projeto de cooperação entre USP e UNISA
03 de agosto de 2015
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O projeto chamado Cooperação em educação ambiental e sustentabilidade: estreitando vínculos entre UNISA e USP teve como objetivos gerais fortalecer a incorporação da temática relativa à sustentabilidade nas estruturas e processos das universidades, desde a gestão do campus até as atividades educativas, além de avaliar a sustentabilidade nos campi das duas instituições, nas áreas de educação, currículo e gestão, envolvendo exemplos aplicados na EESC.

 

eesc projeto cooperacao usp unisa 02 site“Acredito que foi muito produtiva a estadia na UNISA, tanto no aprendizado com os trabalhos lá desenvolvidos quanto compartilhando o que estamos praticando na EESC. Além disso, os laços de cooperação estão ainda mais reforçados, com possibilidades de novos trabalhos conjuntos entre as duas instituições”, ressaltou Patricia.

 

As últimas ações foram realizadas durante a 7th Biennial National Conference on Science and Technology – SSATE 2015, entre os dias 6 e 9 de julho, no College of Education da UNISA, localizado em Pretória, na África do Sul. O evento, que contou com a participação de 400 professores, abordou como um dos temas principais "educação ambiental e educação para sustentabilidade: ultrapassando barreiras disciplinares".

 

Durante a conferência, Patricia apresentou a palestra Educação ambiental e formação de professores: O que funciona e não funciona – Estratégias educativas a partir da experiência entre Brasil e África do Sul, durante a qual buscou expor as principais barreiras para formação ambiental e estratégias para superá-las utilizando a literatura, bem como as experiências adquiridas nos trabalhos desenvolvidos na EESC e nas pesquisas realizadas na UNISA.

 

A educadora realizou em sua apresentação um exercício de reflexão dos valores e crenças sobre os motivos da crise ambiental, o papel dos professores e os meios para intervir educacionalmente. “Repetimos algumas frases ditas cotidianamente como ‘a educação ambiental só funciona com crianças’ ou ‘as pessoas só mudam seus hábitos sobre o meio ambiente por meio de multas’, então a reflexão com os participantes ajudou a reconhecer quais são os nossos próprios valores e crenças, além de debater e apresentar novas propostas”, explicou Patricia.

 

Na oportunidade, a educadora também conduziu dois seminários voltados aos docentes e funcionários do College of Education intitulados Garantindo qualidade no processo de educação ambiental e formação de professores: Lições aprendidas nos cursos da UNISA e USP – que focou na inclusão da dimensão ambiental no currículo dos profissionais – e Perspectiva Latino-americana: Educação ambiental e sustentabilidade nas universidades, no qual foram apresentadas as dimensões da sustentabilidade e da educação ambiental que vêm sendo inseridas nas universidades latino-americanas.

 

Foram citados exemplos de trabalhos realizados na EESC, como o Projeto de Ambientalização Curricular dos Cursos de Engenharia, coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia de Produção, Aldo Roberto Ometto,– que busca formas para que a temática ambiental da sustentabilidade permeie as disciplinas de todos os cursos – e também o Projeto Pessoas que Aprendem Participando (PAPs), coordenado pela SGA, que visa à formação ambiental dos funcionários da USP por meio de cursos de capacitação na área.

 

Ao fim de suas atividades a educadora realizou uma reunião de avaliação, na qual concluiu-se que sua participação no evento contribuiu significativamente para a formação das pessoas e a troca de experiências entre as duas instituições. O encontro também abordou a publicação de artigos que encerrará positivamente as atividades de colaboração. Na ocasião as duas instituições demonstraram interesse no planejamento de novas ações futuras.

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Essas publicações são o resultado de atividades de pesquisa realizadas no período de cooperação com o propósito de responder a questões levantadas pelo grupo. No contexto para o cálculo da pegada ecológica na UNISA e na USP, foi publicado em 2015 o capítulo Aplicação da metodologia da pegada ecológica em universidades adistância: o estudo de caso da Faculdade de Educação da UNISA, o qual responde às perguntas: é possível calcular a pegada ecológica de uma universidade de ensino a distância com as mesmas metodologias das universidades presenciais? Uma universidade de ensino a distância causa menos impacto ambiental em comparação a uma presencial?

 

Outros dois artigos em fase de conclusão são: Avaliação das estratégias educativas em cursos de educação ambiental nas universidades: Uma análise dos cursos da UNISA, desenvolvido por Patricia em parceria do engenheiro de produção Maicon Brandão e os professores Loubser e Dreyer, após discussão e ajustes finais dos dados coletados em entrevistas; e Usando a plataforma virtual como ferramenta para avaliação da sustentabilidade no campus universitário, o qual trata da avaliação da sustentabilidade nas universidades usando a plataforma da Sustentabilidade USP, apresentando os resultados da utilização de um teste, desenvolvido pela universidade brasileira, que avalia como a comunidade universitária da UNISA enxerga a sustentabilidade praticada pela própria instituição, como gestão e resíduos e água do campus.

 

O cronograma dos membros do projeto prevê a submissão da versão final desses artigos até o início de setembro deste ano. De acordo com a educadora “a publicação coroa a dedicação dos envolvidos, divulga nome das instituições UNISA e USP e contribui para a construção de conhecimentos nas áreas de educação ambiental e sustentabilidade em universidades”.

 

Através do destaque que o projeto de cooperação obteve, Patricia foi convidada para realizar a abertura do evento International Conferece on Environmental Education “Best of Both Worlds 2015”, organizado pelo Forest Research Institute Malaysia, que será realizado na Malásia, de 6 a 12 de setembro. A educadora também irá apresentar três trabalhos, entre os quais está o Projeto Educativo para Redução do Desperdício de Alimentos no Restaurante Universitário da USP em São Carlos, além de iniciar um diálogo com vistas a um novo projeto de parceria entre as instituições.

 

Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC Fotos: Arquivo pessoal Patricia Leme

 

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