Com novas tecnologias, EESC USP Formula SAE lança o carro de competição E-13
09 de junho de 2015
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O gerente de marketing, Vinicius Zilinski, informou que o carro contém um pacote aerodinâmico moderno que proporciona ‘downforce’, ou seja, faz com que o veículo fique mais estável e preso ao chão, aumentando assim sua dirigibilidade e o controle do piloto. Estreado três anos atrás e melhorado ao longo das competições, o pacote foi desenvolvido pelo ex-gerente de projetos da equipe e aluno do Curso de Engenharia Aeronáutica da EESC-USP, Denis Zandonadi. Um exemplo da eficácia do item é o recorde nacional do menor tempo em uma prova de curvas.  

 

eesc lancamento carro formula sae 2 siteNeste ano, uma mudança de regra feita pela SAE para a competição nacional obrigou os alunos a projetarem uma asa traseira menor, a qual tivesse apenas o tamanho da distancia entre os pneus. Para compensar a perda de ‘downforce’ causada, os membros implantaram um assoalho difusor para escoamento do ar debaixo do carro.

 

No segmento de sustentabilidade, o grupo optou por utilizar a resina de mamona que foi desenvolvida e patenteada pelo professor Gilberto Orivaldo Chierice do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP. A resina é empregada na manufatura da asa e de outros componentes do veículo que têm como base a fibra de carbono.

 

“Por cima da fibra de carbono é feita uma cobertura de resina epóxi, um material químico que faz a fibra de carbono aderir. Após algumas repetições, a peça é levada ao forno. Porém essa resina usada é prejudicial ao meio ambiente e está sendo substituída pela de mamona, que é mais sustentável e de origem vegetal, podendo ser descartada sem risco”, explicou Zilinski.

 

Por ser a primeira vez que a resina é usada no carro, a equipe optou por não aplicar o material em todo o carro. “Foi escolhido colocar nas peças que tinham grande quantidade da resina normal ou nas que não afetaria o desempenho do carro, por exemplo, no painel dianteiro que é componente que não sofre grandes impactos e tem pouca utilidade. No assoalho difusor também foi usado a resina de mamona como reforço a resina normal epóxi”, salientou o gerente de marketing.

 

A vontade de ganhar é a principal motivação dos gerentes e membros da equipe que sempre buscam inovações para aperfeiçoar e melhorar o desempenho dos protótipos. Um exemplo disso é o pioneirismo no uso da tecnologia chamada de Telemetria – um sistema de sensores instalados dentro do carro que se comunica com um computador fora do veículo, passando informações importantes para embasar as estratégias da equipe –, sendo a primeira equipe de alunos a utilizar a tecnologia no Brasil.

 

“O grande objetivo de nossa Equipe é, através desse protótipo que lançamos, representar a USP e a EESC internacionalmente e com isso incentivar nossos engenheiros a serem os melhores que o mercado encontrará”, destacou Renan Stefanutti.

 

O evento de apresentação

Antes da apresentação do novo carro, ocorreu uma cerimonia no Anfiteatro Jorge Caron que contou com a presença do diretor da Escola, Paulo Sérgio Varoto, o professor percussor da atividade e atual orientador da Equipe, Alvaro Costa Neto, além do aluno de mestrado em Engenharia Mecânica, Rafael Matazzio.

 

Matazzio narrou a trajetória da equipe Formula nestes 13 anos história. Durante sua apresentação, ele mostrou fotos e vídeos que relataram o cotidiano dos membros no desenvolvimento e testes dos carros, a evolução dos protótipos, além da sequência das competições disputadas, com destaque para o torneio internacional ocorrido no ano 2009 na cidade Michigan, nos Estados Unidos.

 

Após a apresentação, o público foi convidado a desfrutar de um coquetel no Espaço Primavera, onde foram recebidos pelos membros da equipe e patrocinadores que expuseram os produtos e tecnologias empregadas no protótipo. Finalizando o encontro, o carro E-13 foi demonstrado em funcionamento passando pelos arcos da EESC e se dirigindo até uma das ruas do campus, com direito a aceleração e manobras. 

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Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC


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