A USP é a 115ª melhor universidade do mundo, de acordo com o QS World University Ranking divulgado hoje, dia 10 de junho, pela consultoria britânica especializada em ensino superior Quacquarelli Symonds (QS).

Este é o terceiro ano consecutivo em que a Universidade ganha posições, passando do 121º lugar, em 2017, para o 115º, em 2020, sua melhor classificação desde que o ranking começou a ser publicado, em 2004. A USP também é a universidade brasileira mais bem classificada.

O ranking avaliou mais de mil universidades do mundo todo, de acordo com seis indicadores: Reputação Acadêmica, Reputação entre Empregadores, Proporção de Docente por Aluno, Citações Científicas, Proporção de Estudantes Estrangeiros e Corpo Docente Internacional.

Em dois desses indicadores o desempenho da USP se destaca. No quesito Reputação Acadêmica, que avalia a importância que a comunidade acadêmica global dá para o ensino, a pesquisa e o ambiente acadêmico de cada instituição, a Universidade atingiu a 48ª maior pontuação; já em Reputação entre Empregadores, que reflete a opinião dos empregadores sobre a qualidade da formação profissional oferecida, a USP ficou na 102ª posição.

Entretanto, a ascensão da Universidade na classificação geral deste ano deve-se, principalmente, a uma melhoria no desempenho na área de pesquisa. A USP subiu 38 posições no indicador de Citações Científicas, que mede o impacto dos trabalhos acadêmicos produzidos pelos pesquisadores de uma instituição, e ficou entre as 350 principais instituições de pesquisa do mundo.

“Nos últimos anos, a USP tem incentivado seus pesquisadores a atuarem de forma multidisciplinar e internacionalizada, pois as pesquisas de ponta são necessariamente realizadas de forma globalizada. Além disso, temos estabelecido parcerias estratégicas com instituições do mundo todo para o desenvolvimento de pesquisas em conjunto. A pandemia da covid-19 mostrou a força de nossa universidade para a produção de ciência: hoje temos mais de 200 grupos de pesquisa que se adaptaram ou começaram estudos relacionados ao combate da covid-19 e estamos respondendo, de forma rápida, às demandas da sociedade”, destacou o reitor Vahan Agopyan.

Além da USP, outras quatro instituições brasileiras ficaram entre as 500 melhores do mundo: a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ficou na 233ª posição, seguida da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 379ª, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na 420ª, e da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), na 497ª colocação.

Três universidades norte-americanas lideram o ranking: o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), na 1ª posição; a Universidade de Stanford, na 2ª posição; e a Universidade de Harvard, na 3ª.

Center for World University Rankings

Em outro ranking divulgado nesta semana, o Center for World University Rankings (CWUR), dos Emirados Árabes Unidos, a USP foi classificada na 103ª posição. A Universidade subiu 25 posições em relação ao ano passado e continua sendo a instituição mais bem classificada da América Latina.

As cinco primeiras posições são ocupadas pela Universidade de Harvard (1º lugar), Instituto de Tecnologia de Massachusetts (2º), Universidade de Stanford (3º), Universidade de Cambridge (4º) e Universidade de Oxford (5º).

Entre as brasileiras, depois da USP, as mais bem colocadas são a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 351ª, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 356ª posição, e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em 421º lugar.

Elaborado desde 2012 pela consultoria Center for World University Rankings (CWUR), o ranking avalia cerca de 20 mil instituições do mundo, considerando quatro indicadores: a qualidade da formação dos alunos (25%), empregabilidade (25%), o prestígio do corpo docente (10%) e a pesquisa desenvolvida (40%).

Nesses quesitos, a USP obteve a melhor pontuação nos itens referentes ao desempenho na pesquisa, ficando na 86ª classificação.

Por Erika Yamamoto, do Jornal da USP